3 comentários em “Materiais de Estudo”

  1. Achei muito importante o que a Letícia Schwartz diz sobre a sensibilidade que a profissional de audiodescrição deve ter ao adequar o vocabulário e encontrar o melhor tom de voz para cada obra.
    Acredito que a equipe de audiodescritores, bem como tradutores e intérpretes de Libras devem participar cada vez mais ativamente dos processos criativos de construção de um espetáculo de teatro. Opinando e acrescentando ideias. Trazendo a acessibilidade de modo natural e orgânico. E ainda, fazendo com que a visão de mundo dos outros profissionais também de amplie.

  2. Além de todas as citações sobre audiodescrição passadas pela professora, gostei muito – por sua clareza e objetividade – da concepção que a ATRAE (Asociación de Traducción y Adaptación Audiovisual de España) disponibilizou em seu site. Seguem suas palavras, por mim aqui traduzidas:
    “A audiodescrição é um serviço de apoio à comunicação para pessoas cegas ou com deficiência visual, regulado pela norma UNE 153020 (Espanha) e que consiste na descrição clara e sucinta do que acontece nas produções audiovisuais, de maneira que a pessoa com deficiência visual as perceba de modo muito semelhante a como fazem as pessoas videntes. É utilizada no cinema, na televisão, as artes cênicas (teatro, dança, ópera) e nos museus.
    Nos roteiros audiodescritos destacam-se, em primeiro lugar, as características físicas dos personagens, sua indumentária e o cenário, com o propósito de informar a concepção da produção. Esta mensagem é transmitida, geralmente, antes de se iniciar a ação. Em seguida, as pausas entre os diálogos são utilizadas ao largo de toda a obra audiovisual para que a descrição do que esteja ocorrendo seja passada de forma lógica e clara. Ao mesmo tempo, deve-se procurar não abusar dos intervalos de silêncio, pois estes podem ser um momento de reflexão para o espectador ou fazer parte do dramatismo da obra”.
    Esta última observação – Ao mesmo tempo, deve-se procurar não abusar dos intervalos de silêncio, pois estes podem ser um momento de reflexão para o espectador ou fazer parte do dramatismo da obra – é muito interessante e pertinente, mas também me parece de difícil execução. Pois saber o que dizer e o quanto dizer, muitas vezes em um tempo breve, e concomitantemente conseguir respeitar o silêncio é uma balança sutil, que deve ser bem pesada e medida.

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